Apesar do cinza que teima em cobrir o céu da cidade, as estrelas vão ficar mais visíveis para os paulistanos. É que a cidade de São Paulo vai ganhar mais dois planetários. A ideia é que, já no ano que vem, os espaços estejam funcionando nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) do Jardim Paulistano, na Vila Brasilândia, zona norte, e no bairro de Parelheiros, no extremo sul da cidade.
O equipamento mais moderno deve ficar no CEU da zona norte de São Paulo Terá 185 lugares e será gerido pela equipe da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, assim como os demais planetários da cidade. “É um projeto bem arrojado, que também vai funcionar como teatro”, explica a secretária da Educação, Célia Regina Falótico.
O prédio de Parelheiros já está pronto e o do Jardim Paulistano, em construção. Suas fundações estão concluídas e a cobertura deve ser iniciada nos próximos meses. O valor das obras não foi informado.
Neste mês, a Secretaria Municipal da Educação abriu consulta pública para uma licitação internacional de dois planetários digitais – os equipamentos que vão funcionar nos CEUs. “Como o equipamento é importado, o início da programação dos planetários depende do andamento dessa licitação”, afirma Célia.
Imune ao bloqueio pelos altos prédios, à poluição e à iluminação noturna da metrópole, os planetários possibilitam simular as configurações dos astros por meio de uma projeção luminosa.
Para o secretário-geral do Clube de Astronomia de São Paulo (CASP), Denis Zoqbi, de 37 anos, os novos equipamentos são bem-vindos. Mas há o risco de que sejam subutilizados. “Se até o principal planetário da cidade, no Parque do Ibirapuera, sofre com falta de verbas, imagine o que pode acontecer com esses dois”, afirma.
De acordo com ele, a programação do planetário do Ibirapuera é insuficiente, pois faz quatro sessões por semana. “Se você comparar com o de Nova York, que abre quase todos os dias, isso é pouco”, diz.
Batizado de Aristóteles Orsini e inaugurado em 26 de janeiro de 1957, o planetário do Ibirapuera foi o primeiro de todo o Brasil. De segunda a sexta-feira, o espaço funciona apenas para cursos e visitas com agendamento para escolas e outras instituições. Aos sábados e domingos, fica aberto para o público em geral. Fechado para reforma em 1999, foi reaberto pela última vez em 2006. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: Diário do Grande ABC